domingo, 4 de julho de 2010

Concordo. E ponto final.

http://blogdomaria.blog.uol.com.br/arch2010-07-04_2010-07-10.html#2010_07-04_16_50_21-140604559-0


Não se ganha Copa sem craques

Concentração é importante, mas não ganha e nem perde jogo.

Numa Copa do Mundo, por exemplo, muito mais importante do que trancar ou liberar os jogadores é o pais estar representado por uma equipe de alta qualidade, equilibrada emocionalmente e bem preparada.

E cá entre nós: pecamos nisso. O Brasil não perdeu porque o time ficou trancado e teve pouco contato com o público. A verdade é que não sobrávamos na turma, como aconteceu nos nossos cinco títulos mundiais.

Meus motivos:

1 – Kaká não mediu esforços para recuperar sua condição, mas não conseguiu;

2 - Robinho fez dois gols, ótimo. Mas não desequilibrou com suas pedaladas. Parecia o reserva do Manchester City.

3 - Luís Fabiano acabou prejudicado pelo fraco rendimento de Kaká e Robinho, porque a bola nunca lhe era passada como deveria.

4 - Michel Bastos não entrou em campo.

5 – Felipe Melo não precisa ser analisado. O mundo inteiro viu o desequilíbrio mostrado por ele em alguns jogos da Copa.

6 – Gilberto Silva foi eficiente na marcação. Apenas isso.

7 – Elano, quase sempre criticado pelas convocações, foi um dos destaques da seleção brasileira. Além de lutar pela recuperação da posse de bola, ele criou belas jogadas ofensivas e marcou dois gols. Saiu da Copa vitimado pela violência..

Júlio César, Maicon, Lúcio e Juan, além de Elano, que se contundiu, estiveram à altura de uma seleção brasileira. O que é muito pouco.

Voltando ao assunto de concentração aberta ou fechada. Já presenciei times brilharem o fracassarem em regimes fechados ou abertos.

Particularmente, sou contra isolamento. Acho que o jogador tem que conviver num hotel de funcionamento normal e não exclusivo da seleção desde que ele seja responsável e saiba estabelecer o seu limite.

Na Copa do Mundo de 1974, a primeira que eu trabalhei como repórter, a delegação holandesa formada por grandes craques como Cruyff, Neskeens, Rep, Resembrinck e tantos outros, inovou: os jogadores dividiam os quartos com suas esposas e a Laranja Mecânica era uma máquina.

O Brasil ficou trancado e foi eliminado pela própria Holanda. Mas é bom deixar claro que mesmo em regimes fechados, o Brasil foi o país que conquistou o maior número de copas do mundo. Como em 2002, com Felipão. Portanto, o importante é ter uma equipe de alto nível.

Por Maria às 15h50

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